Monday, August 6, 2007


Que grande ausência!

Pois foi....... esqueci-me de aparecer por aqui...... de repente lembrei-me que tinha que voltar para continuar a senda BAKAMA que foi abruptamente interrompida.... As minhas desculpas!

Assim, hoje o dia é de CHILAMBA

Kilamba kikambua lisina: Nzambi ki si vanga ko
A planta a que faltam as raízes: Deus não a fez

Deus o que faz, faz bem feito e sem que nada falte.

Este Bakama simboliza a imperfeição, a ausência de referências...

Wednesday, December 27, 2006

Mampana

MAMPANA

Mampana ntuluku ngó, Bavuluka mu iluli vi lala zisusu, Kuiza bonga susu bakala buingi mungonde utula va mbulu.


O Mampana é danado como o leopardo, Tratou de entrar na capoeira para apanhar um galo e tirar-lhe uma pena da cauda para colocar na testa.


Por isso se apresenta com uma pena no alto, na fronte da máscara. Outros dizem:


Mampana, ngazi mbi, mângina mu vi sásulu.


O Mampana, como é o mau coconote, não quer ir para a lixeira.


- O que se tem a dizer, diz-se de caras, na presença das pessoas. Mampana está pelo dono do coconote, pelo senhor das coisas.
Apesar da ausência... aqui está mais uma das máscaras Bakama.... e o seu simbolismo...
Continuação de boas festas!

Tuesday, December 12, 2006

Mabobolo

MABOBOLO
(ou Nunu Kinguáli - Chefe das perdizes).
É o chefe de todos os Zindunga ou Bakama. Tem, no cimo da máscara, o carapuço Nzita, bem como uma bengala, a indicar a sua superioridade e qualidade de chefe.
Leva na boca uma espécie de cachimbo a que chamam Mbonzo.
Mas Mbonzo é um nkisi.
Mbonzo: Kanga liambu ku nsia ntima.
Mbonzo: Amarra (guarda) a questão dentro do coração,
- Sê franco e não te feches em ti mesmo como o Mbonzo que guarda as coisas em seu recipiente.
Este Mbonzo tem folhas (tidas por medicinais) de Lembe-Mpumbu, Malembozo e Ntélika-Ngolo. Esta máscara de Mabobolo tem um ar carregado e ameaçador. É quem manda nos outros, mas sem lhe faltar uma certa ronha de velho (Libobolo, pl. Mabobolo = Manhoso, preguiçoso).
Mabóbolo, ngongie, nkuluntu ndunga.
O Mabóbolo, anuncia o «ngongie» (instrumento para avisar o povo de que o chefe vai dar ordens), é o chefe dos Zindunga.

Monday, December 11, 2006

Bakama!

Benvu-Lumuana
(filho obediente e respeitador)
Bakama
UMA INSTITUIÇÃO SECRETA NA CULTURA CABINDENSE
(Excerto de um texto publicado no Jornal de Angola por Alberto Coelho)
"Cabinda é uma região onde o modernismo e o tradicional estão longe de se confundirem. No enclave, a tradição impõe-se nos momentos devidos. Tchizo, uma aldeia situada no morro, com o mesmo nome, é uma localidade de referência obrigatória na tradição dos cabindas, pelo menos para os residentes na sede capital da província. No Tchizo, a tradição cumpre-se à risca conforme os preceitos legados pelos antepassados. A transgressão às regras costumeiras nessa região, implica a aplicação de rigorosa sanção. A par das aldeias do Ngoio, Povo-Grande, Chinzázi e Susso, Tchizo conta também com a presença dos bakama, um dos mais notáveis símbolos da cultura Cabinda.
Os bakama são uma instituição secreta e de carácter excepcional, cujas funções podem ser identificadas a partir das principais ocasiões e circunstâncias das suas exibições, na sua missão de baluarte da pureza e da moral.
A origem dos bakama é remota e praticamente desconhecida, já que se torna difícil determinar com alguma certeza e rigor a sua proveniência quer no tempo quer no espaço.
Sabe-se apenas que, os bakama estiveram no passado ligados ao culto “lusunzi”, um génio da terra, que servia de intercessor entre Deus, Criador e Senhor do Universo (Nzambi Mpungu ou Nzambi Nvandji li Ilu ai Nsi) e os homens, uma vez que Deus estava situado num plano tão superior e sublime e a uma distância tão longínqua que os antepassados não tinham acesso a Ele.
Devido ao seu carácter misterioso e delicado, os bakama, também conhecidos por “Zindunga”, enquadram-se numa espécie de uma religião tradicional dos cabindas que intervêm com exibições em cerimónias de empossamento de chefes, actos fúnebres e homenagens, doença prolongada e grave, expiação e purificação, consagração e calamidades naturais e agradecimentos.
Das cinco ocasiões acima referidas que albergam os Zindunga, os de Tchizo são os mais notáveis e referenciados em toda a região. Nas cerimónias, eles aparecem num total de dez mascarados do Tchizo que quando convocados em circunstâncias próprias actuam quer em público, quer em privado. A indumentária com que se apresentam consta, invariavelmente, de folhas secas de bananeira, cuja máscara é ornamentada em panos. Depois de cada exibição, as folhas são queimadas e as máscaras guardadas em sítio próprio longe do alcance des pessoas que não fazem parte dessa organização secreta. Os dez mascarados do Tchizo são chefiados por Mabobolo, que tem no cimo da máscara o carapuço Nzita e uma bengala, que simboliza a condição de superioridade e a qualidade de chefe."
Hoje, dou-vos a conhecer Benvu Lumuana:
Benvo: = Dócil, respeitador, obediente: Benvo Lumuana: = Como uma criança obediente e respeitadora.
Na, Benvo Lumuana: Nandi libakamba nlongie babika ndásuka.
Ele é como um bom filho: Que aconselha a que se não zangue com ninguém.
Tem um Kiela-Kiambavu (espinha do peixe-serra).
Kiela-kiambavu: Mana kuenda kuntuala, minu kukiela to.
Sou peixe-serra: Indo para a frente, corto mesmo.
Ser obediente e dócil às leis, cortando e castigando onde for necessário. Até a escolha das cores para esta máscara lhe dá uma apresentação de suavidade e leveza.

Thursday, December 7, 2006

Wednesday, December 6, 2006

Espírito de Natal

A cidade de Cabinda preparar-se para a quadra festiva.... e lá está o símbolo maior, impunente defronte ao Governo da Província... Resta saber, se este ano... a bendita árvore de natal irá iluminar-se... com o espírito natalício...